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A dor de amar



Um amor não se cura com outro, pois o mal não estaria no amor antigo, mas na dor que este provocou. Daí, surgem mais questionamentos do que certezas. Há dor onde existe amor? É possível amar alguém, quando ainda se está envolvido emocionalmente com outra pessoa? A complexidade do amor não estaria na diferença dos seus possuidores? 


A música tenta desvendar esses mistérios. Leoni (e também o Kid Abelha) cantava “Ainda encontro a fórmula do amor” (A Fórmula do Amor). Talvez, se o amor fosse propriedade química, poderíamos observá-lo, analisá-lo, estudá-lo como fazem os cientistas, quando querem concretizar coisas abstratas. Desse modo, os pré-apaixonados só investiriam suas energias e emoções em amores que seus organismos pudessem “absorver”. E, se estivessem autorizados clinicamente para amar, saberiam quais as doses de amor conseguiriam suportar.

Já Djavan, ao que parece, não entende o amor como um mistério. Em sua canção, ele diz: “Por ser exato, o amor não cabe em si / Por ser encantado, o amor revela-se / Por ser amor, invade e fim” (Pétala). Pelo visto, para o cantor, o amor não precisa de fórmulas para ser conhecido. Se fosse uma ciência, seria exata e ponto final. Mas pensando bem, até este poeta-compositor deixou escapar que o amor tem um quê de mistério: “Por ser encantado, o amor revela-se”. Apesar disso, Djavan não entrou em contradição, pois o amor é assim mesmo: empírico e encantador ao mesmo tempo. É mágico, causa sensações delirantes, alucinações fabulosas, mas também decepciona como vilões de contos de fadas. 

Uma coisa é certa: é melhor não sabermos o que é o amor. Não conhecermos sua fórmula. Não deixarmos perder seu encanto. É justamente no mistério que está o seu fascínio. Por ser amor, invade e fim. (Texto de Valdeir Almeida


Pétala 
A Fórmula do Amor


 
 
fonte:www.ponderantes.com.br


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