Que tem muito homem emboiolado por aí a gente já tá cansada de saber. E quando digo “emboiolado” pouco tem a ver com a opção sexual; posto que também conheço muito viado-chupa-rôla que é macho pra caramba. O homem emboiolado faz beicinho quando você tá de TPM, choraminga se a cerveja tá quente, adora carro mas não sabe trocar um pneu, fala tatibitate na frente das suas amigas, após uma discussão prefere não atender o telefone e brincar de esconde-esconde ao invés de atender e falar claramente “não quero conversar contigo”. Enfim, é um pamonha passivão na vida (mais uma vez, ressalto, opção sexual pouco tem a ver com isso).
Daí que também conheço muita mina macho. Sustenta a mãe, paga o IPVA do carro, domina assuntos como economia e política, enfrenta o chefe se acha que ele está errado, não vê problema em namorar um homem de economias medianas; enfim, é independente e resolve seus problemas de maneira prática e sem ficar choramingando porque a ponta da unha quebrou.
Diz a ciência que isso tem explicação. Segundo os cientistas, a sexualidade do corpo não está diretamente relacionada ao sexo do cérebro. De acordo com a neuropsicologista Anne Moir, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, “o sexo do cérebro é determinado pela quantidade de testosterona [hormônio masculino] a que o feto fica exposto no útero. Em geral, homens recebem doses maiores do que as mulheres. Mas isso varia e nós ainda não sabemos exatamente por quê”.
A neuropsicologista elaborou um teste cujo resultado varia entre 1 (cérebro mais masculino possível) e 20 (cérebro mais feminino possível), que você pode vir aqui no site da Época e fazer. Quem se aproxima do 10 tem um cérebro misto.
A neuropsicologista também acredita que o sexo do cérebro tem a ver com a orientação sexual do indivíduo. Creio que pode até influenciar, mas não é determinante, já que tal traço, como se sabe, é resultado direto de fatores emocionais, culturais e genéticos.
O meu resultado foi 12, e o seu? Contaê!
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